quarta-feira, 21 de março de 2012

Hoje estive conversando com uma velha amiga minha, e ela me perguntou sobre você, como eu já esperava, para ser um pouco sincera. Eu gesticulei um pouco com as mãos, e depois tentei explicar o quão nula era a sua importância na minha vida. Ela riu. Eu também riria, admito. Parecia uma tola, tentando explicar meus sentimentos - inexistentes - sobre ti. Confesso que, geralmente, vejo aquele flashback de todos os momentos em que passamos juntos. São boas as memórias que acariciam a minha mente, apesar de todos os conflitos, e de todo pandemônio que causamos. Você, afinal, foi quem realmente me mostrou o que é amor. E quando eu digo “amor”, com certeza é diferente de todas essas outras coisas que eu venho tentando usar, de passatempo, para suprir a falta que você me faz. Sei que já fazem meses, mas eu sinto muita falta disso. Sinto falta da forma que o meu coração batia só por te ver, e da forma como ele tinha mais do que, a simples função, de bombear sangue para me manter viva. Seu amor me mantinha viva. Poderia até dizer isso pra você, se não soasse desesperado demais e se você não estivesse com outra. Eu mal sei explicar o furacão que você causava dentro de mim. Era muito forte, chegava derrubando todas as muralhas, que a gente cria, pra não machucar o coração. Confesso que venho procurando alguém que possa te substituir. Alguém que possa me fazer rir até a minha barriga doer, e que, eu possa ligar, sempre que tiver saudades. Eu fico pensando, se alguém conseguirá arrepiar, todos os pelos do meu corpo quando sussurrar um “eu te amo” no meu ouvido. Eu nem ao menos, sei o que você tem, garoto. Nem ao menos sei, o que eu vejo em você, que me faz perder a respiração desse jeito. Eu estou aqui, sentada no sofá que a gente costumava ficar, no finalzinho da tarde. Lembra daquele sofá que você derramou café quente, e eu discuti com você sobre o quão bobo você era?? Lembro que discuti com você, sobre qual filme que a gente veria. Você sempre soube o tanto que eu sou alucinada por um bom romance. Lembro que você disse que só veríamos romance, se eu não me recusasse a ficar abraçada com você o filme todo. Éramos tão bobos, tão inocentes. Isso pra mim, era amor. Sabe… me disseram, que amor de verdade, só acontece uma vez na vida. Então eu estou te esperando, tá? Porque você me deixou aqui, inacabada, tentando bordar, com palavras, algo para aquecer meu coração da forma que você o fez. Mas, tudo bem. Está tudo bem. Era só isso mesmo. Só queria que você soubesse disso: eu ainda te espero.

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